segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Enquanto isso, nas salas da justiça...



Bem...

É inacreditável que alguns colegas se prestem a tal papel...

Uns, mais antigos na profissão, adoram subestimar a inteligência e capacidade de discernimento dos mais jovens...
Esses "macacos velhos", volta e meia, gostam de se exibir, mostrando "quanto conteúdo têm", fazendo uso de expressões totalmente "mortas", num juridiquês tão impraticável que até mesmo os mais cultos operadores do direito se perguntam: "heim???!"

Outros, menos experientes, agem como se não houvesse qualque exigência de comportamento e linguajar adequados, ignorando totalmente certas formalidades inerentes à profissão!
Esses "micos novos" acabam desmoralizando a classe, pois, além de transitarem pelos órgãos do judiciário trajados como se estivessem "de férias"(eles) ou "na balada"(elas), têm um comportamento tão absurdamente informal que mais parecem "vendedores de chuchu, na feira"...
(eles = boné, cabelão, barba por fazer, desalinho geral)
(elas = micro-roupas, decotes avantajados, excesso de maquiagem, exposição geral)

Então, em homenagem à Lelê, que logo fará parte do "time"... hehehehehe... aliás, PARABÉNS QUERIDONA, segue um "causo" muito interessante, publicado no Espaço Vital Independente, por Rafael Berthold, advogado.

"Estavam todos a postos quando o advogado da autora deu início aos debates orais. E poucas vezes se viu uma exposição com tamanha eloqüência. É impossível transcrever a íntegra do discurso, mas a partir das frases finais se pode ter uma idéia da beleza da oratória empregada pelo experiente Dr. Platão Socrático, em plena Vara de Família:
Disse o advogado que o agir heteropoiético ostentado pelo varão, ontologicamente considerado, a obumbrar a axiologia deontológica das núpcias, ignominiando e escarnecendo da varoa, o fez trilhar o descaminho que inexoravelmente o trouxe a deslugares.

Fez uma pausa e, olhando para a estenotipista, prosseguiu na ladainha, ditando em nome da autora, sua cliente:
- Casmurro, arauto no lar, é indigno da vetusta, baluarte aclamada e conclamada pela comunidade e que nada mais fazia que recender e dimanar doçura e caridade por onde passava, exortando nada além de virtudes aos seus, mas que fracassara, obviamente, em relação ao adúltero, este, sim, culpado do divórcio e com justiça defenestrado. Nada mais, Excelência.

O magistrado fitou o advogado do réu, um menino que trajava terno, mas calçava tênis, cabelos tingidos de loiro - pela aparência não poderia ter mais que 20 anos de idade - certamente recém formado.

Em seguida, o juiz asseverou de maneira que parecia ser 'tendenciosa':

– Vejamos o que tem a dizer o advogado do 'adúltero'...

O Dr. Brother, por sua vez, também cuidou para que sua manifestação fosse marcada pela utilização de termos extravagantes. Surfista acostumado a enfrentar ambientes radicalmente hostis, iniciou com confiança:
– Data venia, o coroa, meu cliente fez toda a mão pra mina: vivia trampando e, tipo, fazendo as 'parada'. Deu um carango e uma baia pra ela. O cara era bala, mas a mina era perva, tipo, muito chave, saca? Curtia umas 'parada' sinistra, e ainda ficava tirando o coroa. Tipo, não tava rolando, tá ligado? Daí o cara deu a real pra mina que não curtiu. Daí fez toda a mão, saiu da baia, tipo, na parceria, e pegou uma mina show e a outra ficou de cara, botou o cara no pau e tamo aqui, agora. Tipo, era isso... Falou?

O juiz estava vermelho de raiva. Nunca sua sala de audiências havia sido tão insultada por termos tão inadequados. Mas a prova estava a favor do cliente do Dr. Brother e a isso somava-se o fato de que, sinceramente, o magistrado não entendera uma palavra do 'belo' discurso do Dr. Platão Socrático.

Assim sendo, sentenciou em audiência em favor do réu, mas, para não desmerecer o venerável empenho do procurador da vencida, derramou-se em elogios à notável manifestação do advogado erudito, ao que este, inconformado e sempre perspicaz, agradeceu da forma que lhe pareceu mais adequada:

– Pode crer, mano!"

=§=

Kiá, Kiá, Kiá, Kiá, Kiá, Kiá, Kiá, Kiá, Kiá, Kiá...
Essa eu não poderia deixar de publicar...

É por essas (e outras) que alguns juízes "dão chilique" nas audiências... rssssssssssss!!

Um comentário:

  1. Ahhhhhhhhhhhhhh tô importanteee!! Me senti agoraaaa!!
    Pode crê mina, vô bota o bagulho pra esquenta lá, hahahahaha...
    Tá louco, que linguajar!!! O técnico é mais complexo e por isso mais bonito, hehehehe...
    Brigada pelo apoio!!!
    bjinhus

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